CERCA VIVA: plantas verdes e com flores!
O uso de cerca viva é uma ótima aposta para dar um toque natural e completar o paisagismo, mas antes de fazer o cercado na área desejada é preciso escolher qual a melhor espécie de planta para o seu projeto. E para dar uma ajudinha, o post traz dicas de espécies que podem ser adequadas para o jardim.
Plantas para cerca viva verde
Podocarpo
A planta podocarpo também é conhecida por Pinheiro de Buda, e suas folhas verdes e com pontinhas chegam a lembrar um pinheirinho.
O crescimento é lento até alcançar de 1 a 1,5 metros de altura, a partir daí passa a ser acelerado se comparado a outras cercas-vivas, podendo chegar aos 20 metros. Indicação perfeita para quem busca um processo rápido para ganhar privacidade na casa e barrar ventos.
Em relação ao plantio, o podocarpo deve ficar em solo fértil e a meia sombra. A distância entre cada muda deve ser de 40 cm caso a intenção seja uma cerca bem fechada, ou maior, caso o efeito pretendido seja meramente decorativo. Menos que 40 cm não é recomendado, já que pode atrapalhar o crescimento pleno dos galhos. É possível fazer o plantio próximo a muros e tubulações, já que o querido pinheiro de Buda não tem raízes agressivas.
Caso resolva plantar suas mudas sem cerca ou muro de apoio, devem ser usadas estacas para apoiar as plantas até que atinjam tamanho suficiente.
Sua manutenção é frequente, já que a espécie deve ser regada diariamente sob altas temperaturas. A planta reage muito bem a podas, que podem ser feitas com maior constância para dar forma, mas também há a possibilidade de deixar os galhos desuniformes. Podas no topo deixam as plantas mais densas.
O podocarpo é uma das melhores opções de cercas-vivas para quem prima por praticidade, preço, porte e rapidez. Se podado da maneira correta, tem potencial para formar um verdadeiro muro verde, denso e alto.
Pingo de ouro
A popular planta já faz parte de diversos modelos de jardins e isso graças a sua fácil adaptação e manutenção.
O arbusto de crescimento rápido chega até a 1,5 metro de altura e o ideal é que as podas sejam feitas regularmente para que o formato fique mais delicado. Quando as podas são mais espaçadas os galhos ficam em tamanhos diferentes e é possível ver pequenas flores arroxeadas.
Para quem pretende plantar o pingo de ouro (Duranta, Violeteira, Violeteira-dourada – outros nomes que a planta também é conhecida), é preciso considerar um solo fértil, complementar com adubo orgânico e realizar o plantio em uma área de luz solar frequente. A planta deve ser regada diariamente e não resiste a seca, mas encara muito bem baixas temperaturas e até geadas.
Cedrinho / Cipreste
O cedrinho é uma planta pertencente ao grupo dos ciprestes (grupo de árvores coníferas), e tem o formato de um pinheiro. A altura pode chegar ao 25 metros, e o crescimento é moderado.
O formato de árvore não é um empecilho para transformar a planta em cerca viva, e apenas com a poda é possível ter uma ótima barreira para quebrar rachadas de vento.
O cedrinho pode ser plantado em solo pobre e adapta-se muito bem, mas no início exige regas mais frequentes para seu desenvolvimento que deve ser em sol pleno em longe das baixas temperaturas.
Bambu
A decoração com bambu pode ser utilizada até mesmo em espaços externos, como é o caso dos cercados com a planta.
A espécie mais utilizada para este tipo de ornamentação é o bambuzinho de jardim, que tem fácil adaptação desde climas frios a quentes, o que permite a implantação de norte a sul do país.
A altura chega aos 4 m e o desenvolvimento é rápido, mas a planta tende a ser invasiva, por isso o ideal é construir uma barreira que ordene o crescimento e desenvolvimento do bambuzinho.
Para o plantio, o solo deve ser rico em matéria orgânica e a manutenção pede solo úmido e umidade mediana.
Murta
Entre as principais características desta espécie esta o crescimento rápido e a folhagem densa que garante maior privacidade na propriedade.
A altura da murta chega até os 5 metros, e é ótimo para quem quer utilizar a planta como substituta de um muro.
O plantio deve ser feito em solo já preparado com areia grossa (aumenta a drenagem) e adubo orgânico. A manutenção exige podas regulares para manter o formato da cerca viva, e regas constantes, mas a adaptação é muito versátil já que é possível manter a espécie em regiões quentes e frias.
Sansão do Campo / Sabiá
Conhecida por diversos nomes como Sansão do Campo, Sabiá, Cebiá e Sansão Gigante; esta espécie é de crescimento rápido e em dois anos pode estar totalmente formada como uma cerca viva bem fechada.
Entre as vantagens desta espécie estão:
- Rápido crescimento;
- Altura – chega até a 8 metros;
- Excelente barreira para quebrar o vento;
- Fácil manutenção.
A espécie pode ser plantada em áreas secas, em sol direto e com boa drenagem do solo. No entanto, não resiste a baixas temperaturas e geadas.
Para formar cerca viva, é indicado que o plantio seja espaçado com 10 cm a cada muda, já que a formação tende a fechar esses espaços.
Ficus
O ficus (Fico, Fico-chorão, Figueira, Figueira-benjamim) é uma espécie muito utilizada entre as árvores para jardim, mas a planta também pode ser uma escolha para a formação de cerca viva.
Se a intenção é adotar o fícus como cercado, é preciso levar em consideração a poda constante para manter o formato de cerca, já que a espécie tem rápido crescimento. A planta também pode fazer parte de um muro verde, mas o desenvolvimento da raiz pode ser um problema para calçadas e até tubulações.
O plantio deve ser feito em áreas com solo fértil, enriquecido com adubo e com boa drenagem. Já a rega deve ser feita frequentemente, mas não há necessidade de ser diária.
Plantas para cerca viva florida
Tumbérgia
O nome mais conhecido é tumbérgia sim, mas em algumas regiões esta espécie também é denominada de manto-de-rei.
A altura máxima chega a 2,5 m, e as flores são as principais características da planta. A floração acontece com maior intensidade durante a primavera, mas ao longo do ano ainda é possível ver algumas flores remanescentes, que costumam atrair beija-flores.
O plantio deve ser feito em solo fértil, com sol pleno ou a meia sombra, com boa drenagem e adubação orgânica. A manutenção é simples, já que podas devem ser feitas apenas para formação e a rega deve ser frequente.
Hibisco
Conhecida também por Graxa-de-estudante, Hibisco-da-china, Hibisco-tropical ou Mimo-de-vênus, esta planta chega a atingir uma altura de até 3,5 m.
A floração constante faz com que a planta seja muito utilizada para ornamentação de jardins, mas para garantir que as flores continuem frequentes é preciso realizar a poda correta, uma vez que a floração acontece nas extremidades dos galhos e a poda errada poderia interferir e acabar com a formação de flores.
O plantio deve ser feito em local com sol direto e solo fértil. Enquanto a manutenção exige adubação frequente para garantir a floração e regas diárias. A adaptação da espécie é melhor em locais quentes, e distante de baixas temperaturas e geadas.
Camélia
A planta conhecida por suas lindas flores que podem ser de diversas cores são ideias para constituírem cercas vivas ornamentais. A adaptação é boa, e a espécie se desenvolve muito bem em climas tropicais e temperados, mas não é indicada para regiões muito quentes e secas, como o norte e nordeste do Brasil.
A floração varia de acordo com a localidade, mas quando plantadas em regiões de clima quente é possível ver flores durante todo o ano, inclusive em épocas frias, já que não há ampla variação da amplitude térmica.
O plantio deve ser feito em solo ácido, fértil e com boa irrigação. E para manter a espécie é preciso fazer a correção e adubação do solo para mantê-lo ácido.
Ixora
A planta ixora tem suas variações em três espécies:
- Ixora japonesa: originária da Malásia, essa espécie é mais baixinha e não de 1 metro de altura. As flores variam entre creme, rosa e vermelho.
- Ixora chinesa: nesta espécie a altura chega até os 2 m, e as flores se ramificam em um mesmo caule, como se fossem pequenos buquês.
- Ixora anã: seu amplo desenvolvimento ocorre apenas em regiões muito quentes, e é mais utilizada em jardins.
A espécie mais utilizada para cerca viva é ixora chinesa já que atinge uma altura maior. E o plantio deve ser feito em local com sol, solo fértil e drenado. Enquanto a manutenção exige adubação 4 vezes por ano para manter a floração.
Coroa de Cristo
A planta também conhecida por Colchão-de-noiva, Bem-casados, Coroa-de-espinhos, Dois-irmãos e Martírios, é espinhosa e ideal para formar uma cerca viva que proteja a área.
A altura chega a cerca de 1 metro e floração é constante durante o ano inteiro. A coroa de Cristo adapta-se bem a climas quentes e amenos, mas não resiste a geadas.
Para plantar a coroa de espinhos, é indicado que o local tenha incidência direta do sol, solo fértil e a rega pode ser espassada.
Este tipo de planta apesar de ser muito utilizada, requer atenção, já que os espinhos podem dificultar a manutenção e até causar acidentes com crianças. Além disso, a espécie ainda solta látex tóxico, o que pode causar irritação dos olhos e da pele.
Primavera
Esta é daquelas espécies que recebe um nome a cada cantinho do país e entre suas denominações, estão: Buganvile, Buganvília, Ceboleiro, Flor-de-papel, Pataguinha, Pau-de-roseira, Roseiro, Roseta, Santa-rita, Sempre-lustrosa, Três-marias.
A espécie é uma trepadeira que pode ser transformada em cerca viva, com o apoio de um suporte ou de um cercado. O crescimento rápido pode chegar aos 6 metros de altura e junto ao caule espinhoso criam uma boa barreira.
A floração é mais intensa durante a estação de mesmo nome – primavera, mas é possível ver algumas flores ainda durante o verão e até resquícios do outono. A planta é resistente a baixas temperaturas, inclusive a geadas, mas também se adapta em locais quentes.
O cultivo deve ser feito em solo fértil e em pleno sol. Enquanto a manutenção exige podas cuidadosas e adubação para a floração, e regas frequentes.
Agora que você já tem uma lista completa de plantas para cerca viva é preciso considerar as características do seu tipo de solo, local de plantio e manutenção para escolher a melhor espécie para o seu projeto.